quarta-feira, junho 29, 2011

Banco de Jardim

“Por longos momentos desejava não ter uma casa para habitar, não ter família, não ter nada.
Sim, desejava não ter nada, apenas para poder sentir na pele, o que sentem os que não tem morada, numero ou andar, código postal ou localidade.

Desejava não ter nada, apenas uma banco de jardim como cama, sendo as suas tábuas o meu ponto de abrigo.
Gostava de Sentir tudo aquilo que se sente quando se vive na escuridão das ruas submersas de sol.
Sentir o vento polir a minha face, o sol fazer brilhar o brilho dos meus olhos, a azafama dos carros da cidade despertar a curiosidade e o sonho,
e também a calma, das horas mais mortiças, fazer fervilhar em mim a alegria por ser assim, sem-abrigo.”





- SJFotos - Sara Juliana Saraiva - Banco de jardim -

1 comentário:

  1. Eu ja me sentei neste banco contigo!

    E já passeei contigo nestes jardins... :)

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